Prospecção, Monitoramento e Educação Patrimonial das Vias de Acesso da Barragem de Oiticica (Jucurutu, São Fernando e Jardim de Piranhas- RN)

20/05/2021

O projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico nas Vias de Acesso da Barragem de Oiticica começou com varreduras sistemáticas e intervenções de subsuperfície ao longo dos municípios de Jucurutu, Jardim de Piranhas e São Fernando. Esse processo incluiu a escavação de 302 poços - testes, representando 37% das 825 intervenções planejadas, todas as quais não revelaram vestígios arqueológicos. Estes dados compreenderam o Relatório Parcial I aprovado pelo IPHAN.

Durante a etapa de monitoramento, realizada ao longo de 18 meses, foram acompanhados 88,49 km. Esse acompanhamento foi detalhado em cinco relatórios parciais (II, III, IV, V e VI), que descreveram o desenvolvimento das atividades de engenharia ao longo de dezenove meses de execução das obras. As atividades envolviam a construção de trechos das vias de acesso, que tinham um alto potencial destrutivo para a matriz pedológica do solo, devido à movimentação de maquinário pesado, supressão vegetal, terraplenagem, aterros, escavações, exploração de jazidas, abertura e instalação de bueiros, entre outros. Essas ações apresentavam risco significativo de destruição de bens arqueológicos localizados tanto na superfície quanto na subsuperfície. 

Em relação as atividades de Produção do Conhecimento, Divulgação Científica e Extroversão, a descoberta de vestígios líticos e cerâmicos nos trechos em construção das vias de acesso tornou a comunicação e divulgação junto aos operários e moradores do entorno mais dinâmica. A possibilidade de visualizar as peças in situ enfatizou a importância desses vestígios para reconstruir os cenários ocupacionais do passado. Essa interação ganhou maior destaque, pois tanto os operários quanto a comunidade se sentiram atraídos pelos achados e compartilharam suas experiências com colegas e familiares, criando um efeito multiplicador de conhecimento.

Além disso, a TOTEM Arqueologia utilizou o Instagram para dinamizar ainda mais a disseminação das informações sobre a pesquisa arqueológica na área, mantendo o público informado e engajado com o andamento do trabalho.

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